Considerando que o joelho é composto por ligamentos, menisco, tendões e patela, existem vários tipos de cirurgia no joelho, com o objetivo de restaurar a função da articulação e permitir ao paciente o retorno às suas atividades.
Diante da complexidade, é de fundamental importância contar com o suporte de um médico especializado em Goiânia, a fim de avaliar o quadro e determinar a necessidade ou não de cirurgia.
A boa notícia é que as técnicas cirúrgicas estão cada vez mais avançadas, contribuindo para uma recuperação mais rápida e menos dor.
Preparamos esse conteúdo para explicar em detalhes os 9 procedimentos mais comuns e quando o cirurgião ortopedista pode recomendar a cirurgia.
Cirurgia no joelho: quando o ortopedista pode recomendar?
A cirurgia no joelho é recomendada quando os métodos conservadores não surtiram efeito e o paciente está sofrendo há bastante tempo com dor intensa, possui dificuldade para movimentar a articulação, sofre com instabilidade articular, apresenta deformidades no joelho ou tem osteoartrite, por exemplo.
Agora, dependendo da gravidade do caso, a cirurgia se apresenta como a única opção.
Além da anamnese, antes de realizar uma cirurgia do joelho, o médico solicita uma série de exames físicos e também de imagem, como radiografia, ressonância magnética, dentre outros.
Esses exames ajudam a definir o melhor procedimento cirúrgico e também possibilitam uma análise detalhada de várias estruturas do joelho, como ossos e tecidos.
Agora que você conhece algumas condições propensas à cirurgia, está na hora de entender sobre os principais tipos de cirurgia no joelho.
Cirurgia de joelho: 9 procedimentos mais comuns
Confira, a seguir, os 9 procedimentos mais comuns:
1.Artroscopia
A artroscopia do joelho é um procedimento utilizado tanto no diagnóstico quanto no tratamento de diversos problemas do joelho, como lesão do LCA e LCP, lesões dos meniscos, luxação patelar, etc.
Por meio dessa técnica, é possível visualizar o interior da articulação através de um instrumento chamado artroscópio.
Para realizar a cirurgia, fazemos dois furos com cerca de 1 cm (portais artroscópicos) na frente do joelho e inserimos uma cânula que possui uma microcâmera em sua extremidade.
Assim, é possível enxergar e avaliar com clareza estruturas internas do joelho, como ligamentos, meniscos, cartilagens, dentre outras e corrigir as lesões.
A artroscopia é um procedimento minimamente invasivo, rápido, geralmente leva cerca de 1 hora, e também proporciona ao paciente uma recuperação rápida e menos dolorosa.
2.Meniscectomia
A meniscectomia consiste na ressecção (remoção) parcial ou total do menisco lesionado.
Todavia, no intuito de preservar a anatomia normal do joelho bem como sua funcionalidade, a meniscectomia total se tornou um procedimento raro. Hoje em dia, é preferível suturar ou remover parcialmente o menisco.
A meniscectomia é uns dos tipos de cirurgia no joelho que é realizada via artroscopia, indicada quando há lesões na área mais central do menisco ou caso uma cirurgia anterior não tenha sido bem-sucedida, por exemplo.
Quando o paciente é submetido a esse tipo de procedimento, geralmente recebe alta no mesmo dia e utiliza muletas nas primeiras 24 horas.
3.Reconstrução do ligamento cruzado anterior (LCA)
A reconstrução do Ligamento Cruzado Anterior (LCA) é um procedimento cirúrgico no qual utilizamos enxerto para substituir o ligamento lesionado.
O enxerto pode ser obtido a partir do tendão patelar, tendões isquiotibiais, tendão do quadríceps ou de banco de tecidos.
A reconstrução do LCA é uma cirurgia de joelho que evoluiu bastante nas últimas décadas. Com isso, quando um paciente passa por esse tipo de operação no joelho, o novo ligamento fica semelhante ao original.
Sendo um dos tipos de cirurgia no joelho, a reconstrução do LCA é feita através da artroscopia, pois como já citamos, essa é uma técnica atual e minimamente invasiva.
Após o procedimento é imprescindível que o paciente faça fisioterapia. Assim, conseguirá recuperar gradativamente a força e o movimento do joelho, voltando com segurança às atividades cotidianas e à prática esportiva.
4.Reconstrução do LCP
A reconstrução do Ligamento Cruzado Posterior (LCP) é similar a reparação do LCA – neste caso também podemos utilizar como enxerto tecido do tendão patelar, dos tendões flexores ou do tendão quadricipital para substituir o ligamento lesionado.
No entanto, a reconstrução do LCP pode ser um pouco mais complexa, pois muitas vezes uma lesão no LCP pode estar associada a lesão de outros ligamentos colaterais ou até mesmo do LCA.
A reconstrução do LCP pode ser feita por meio da artroscopia ou por via aberta, onde a escolha da técnica é feita pelo cirurgião ortopedista.
A técnica mais utilizada nos dias de hoje é a artroscopia, pois é um método que garante menos tempo de internação, menor dor e recuperação mais rápida.
5. Artroplastia
Artroplastia é um dos tipos de cirurgia do joelho em que cartilagem, fêmur ou tíbia são substituídos totalmente ou parcialmente por próteses metálicas ou de plástico (polietileno).
Essa operação do joelho é recomenda quando os tratamentos conservadores não proporcionaram ao paciente qualidade de vida.
Assim, a artroplastia pode ser indicada pelo ortopedista especialista em joelho em Goiânia para reduzir a dor, corrigir deformidades e instabilidade, melhorar a função em doenças degenerativas do joelho, etc.
Por conta do aumento da expectativa de vida, a artroplastia total de joelho é um procedimento que vem sendo realizado com bastante frequência em pacientes que estão na faixa etária dos 65 aos 79 anos.
6.Osteotomia
Osteotomia é uma cirurgia do joelho em que fazemos um pequeno corte no osso para corrigir o mau alinhamento dos membros inferiores, sejam eles valgos (voltados para dentro) ou varo (voltados para fora).
O procedimento é feito de acordo com a localização da deformidade. Desse modo, pode ser realizado tanto no fêmur (osso da coxa) como na tíbia (osso da canela).
Algumas das finalidades da osteotomia são corrigir o mau alinhamento dos joelhos, reduzir a dor crônica e melhorar a distribuição do peso nas articulações.
No caso da osteotomia, a distribuição do peso nos membros inferiores passa a ser simétrica.
Assim, o esforço de uma área em que o joelho está mais comprometido é transferido para a articulação mais saudável e menos desgastada. Após a operação do joelho, há uma melhora da dor, da função e da mobilidade.
A osteotomia, geralmente, é recomendada para pacientes com idade inferior a 60 anos e que tenha boa mobilidade do joelho e não esteja acima do peso.
7.Instabilidade da patela
Quando o paciente sofre o primeiro episódio de luxação na patela, na maiorias das vezes não indicamos uma cirurgia no joelho.
Geralmente, o tratamento é feito de forma conservadora, por meio do uso de anti-inflamatórios, compressas de gelo e, em alguns casos, utilização de imobilizadores, pois o objetivo é aliviar a dor, melhorar o inchaço e não deixar o paciente perder a mobilidade do joelho.
No entanto, se a luxação da patela é recorrente, o médico pode indicar a cirurgia, pois conforme ocorrem novos episódios de luxação, a estabilidade articular e a falta de segurança aumentam.
Hoje em dia, a técnica mais utilizada para recuperar a estabilidade do joelho é a Reconstrução do Ligamento Patelofemoral Medial que, pode ou não, ser associada à Reconstrução do Ligamento Patelotibial Medial.
Além de melhorar a estabilidade da articulação, a cirurgia busca melhorar o movimento entre a patela e a tróclea, visando corrigir fatores anatômicos que predispõem à luxação patelar.
8.Lesões de cartilagens
As cartilagens, por serem constituídas de tecido avascular (não recebe irrigação sanguínea), possuem baixo potencial de regeneração.
Com isso, são bastante suscetíveis a lesões, bastante frequentes e afetam grande parte dos brasileiros.
Quando um paciente é acometido por uma lesão condral, há o aumento do impacto entre os ossos da articulação, o que ocasiona dor e redução significativa da funcionalidade do joelho. Caso não sejam tratadas adequadamente, tendem a aumentar e desencadear outras doenças, como a artrose.
Quando a lesão da cartilagem é leve e está no início, o tratamento costuma ser conservador. Para esses casos, geralmente recomendamos fisioterapia para o fortalecimento dos músculos estabilizadores, analgesia local e até mesmo viscossuplementação, como a infiltração com ácido hialurônico.
9.Lesões condrais
As cirurgias para tratar lesões condrais são um grande desafio, pois não existe uma técnica definitiva capaz de tratar todas a lesões de forma eficaz.
No entanto, como as técnicas cirúrgicas evoluíram muito nos últimos anos, hoje é possível fazer uma operação para lesões condrais por meio da artroscopia. Além disso, em vários países a reconstrução da cartilagem do joelho já é feita com células tronco.
Outro método bastante utilizadas é a AMIC, que envolve a inserção da membrana condrogênica. Quando associada à microfratura, a AMIC possibilita o reparo de algumas lesões pois estimula a formação de uma nova matriz cartilaginosa.
Outra técnica cirúrgica que também pode ser empregada é a mosaicoplastia, que consiste no transplante de uma cartilagem saudável para o joelho, e essa cartilagem pode ser colhida da mesma área da articulação.
Conclusão
Quando se trata de cirurgia no joelho, saiba que as técnicas cirúrgicas evoluíram bastante nos últimos tempos, contribuindo para uma recuperação mais rápida e menos dor.
O primeiro passo é consultar um ortopedista de joelho em Goiânia para avaliar a sua condição e determinar se a cirurgia é necessária e qual técnica é a mais indicada.
Mas se você tem ainda alguma dúvida, estou à sua inteira disposição e juntos encontraremos a melhor solução para o seu caso.