Em minha prática clínica como ortopedista especialista em patologias do joelho em Goiânia, recebo diariamente pacientes que chegam ao consultório descrevendo um joelho latejando, que é aquela sensação persistente e pulsátil que parece nunca dar trégua.

Esta queixa, aparentemente simples, esconde uma realidade alarmante: dados de uma pesquisa nacional revelam que cerca de 69% dos brasileiros acima de 18 anos sofrem com dores no joelho.

Entre meus pacientes, percebo que muitos subestimam essa dor latejante, acreditando que ela desaparecerá sozinha, quando na verdade pode indicar condições que requerem atenção médica especializada.

Se você vem sentindo dores persistentes no joelho, te convido a continuar a leitura e entender o que pode estar acontecendo, além de saber a importância de uma avaliação especializada.

A Epidemia Silenciosa das Dores no Joelho

Ao longo de minha experiência tratando problemas do joelho, tenho observado um padrão preocupante que vai além dos números.

A pesquisa “Saúde e qualidade de vida: A relação com os pés, tornozelos e joelhos”, realizada com mais de 3.300 brasileiros, mostrou que 70,6% das mulheres e 65,3% dos homens relatam algum tipo de dor no joelho.

O que me chama atenção é que, entre aqueles que sentem dor, 18,6% das mulheres e 12,2% dos homens descrevem dor intensa.

Estes dados refletem uma tendência global preocupante. Estudos internacionais indicam que a prevalência de osteoartrite de joelho é de 16% em pessoas acima de 15 anos e 22,9% em indivíduos acima de 40 anos.

No Brasil, estimativas apontam que cerca de 12 milhões de brasileiros vivem com osteoartrite, representando 6,3% da população adulta. Após os 65 anos, essa prevalência salta para 85% da população.

Quando o Joelho Latejando Merece Atenção Especial

Categorizo a dor latejante no joelho em diferentes intensidades e características. A sensação de latejamento geralmente indica processos inflamatórios ativos que não devem ser ignorados.

Durante minhas consultas, explico aos pacientes que essa dor pulsátil pode ter diversas origens:

  • Osteoartrite lidera as causas, já que o desgaste natural das cartilagens provoca inflamação crônica, resultando naquela sensação característica de joelho latejando, especialmente durante o repouso noturno.

Estudos apontam que fatores como envelhecimento populacional, aumento do sobrepeso e sedentarismo contribuem significativamente para essa epidemia.

  • As tendinites representam outra causa frequente. A tendinite patelar, quadricipital ou da pata de ganso podem provocar dor latejante localizada, que piora com atividades específicas.

Cerca de 55% das lesões esportivas que trato estão relacionadas ao joelho, demonstrando como o estilo de vida moderno impacta essa articulação complexa.

As Múltiplas Faces da Dor Latejante no Joelho

Osteonecrose

A osteonecrose merece atenção especial quando falamos de joelho latejando durante o repouso.

Esta condição, caracterizada pela morte do osso subcondral, provoca dor noturna intensa que evolui para dor diurna. ]

É uma das causas que mais preocupa, pois pode levar à destruição articular se não tratada adequadamente.

Gota

A gota também figura entre as condições que causam latejamento no joelho.

Esta forma de artrite, causada pelo acúmulo de ácido úrico, frequentemente manifesta-se durante o repouso, provocando crises dolorosas intensas que meus pacientes descrevem como “latejamento insuportável”.

Infecções articulares

As infecções articulares, embora menos comuns, representam emergências médicas que atendo com prioridade.

A artrite séptica causa dor latejante intensa acompanhada de febre e alterações laboratoriais, exigindo tratamento imediato para preservar a função articular.

Fatores de Risco

Destaco padrões claros de fatores de risco.

  1. A obesidade é responsável por 20% dos casos de osteoartrite que trato, pois o excesso de peso exerce pressão adicional sobre as articulações, acelerando o desgaste cartilaginoso.
  2. Sedentarismo, já que a falta de fortalecimento muscular adequado sobrecarrega as estruturas articulares, predispondo ao desenvolvimento de dor persistente.
  3. Atividades físicas inadequadas ou repetitivas também podem causar sobrecarga, demonstrando a importância do equilíbrio no exercício.

Abordagem Terapêutica Personalizada

Em minha experiência como ortopedista, desenvolvi uma abordagem multidisciplinar para tratar o joelho latejando.

O tratamento sempre começa com um diagnóstico preciso, utilizando exames clínicos detalhados complementados por ressonância magnética ou radiografias quando necessário.

Para casos de tendinite, normalmente recomendo repouso inicial, aplicação de gelo e medicação anti-inflamatória.

Quando identifico rupturas ligamentares leves, o protocolo envolve compressas de gelo, elevação do membro e uso de faixas elásticas.

Em situações mais graves, como fraturas ou rupturas completas, a intervenção cirúrgica pode ser necessária.

A prevenção ocupa lugar central em minha prática. Oriento meus pacientes sobre a importância de manter peso adequado, praticar atividades físicas que fortaleçam a musculatura periarticular como natação e musculação, e evitar sobrecargas repetitivas.

Conclusão

Como ortopedista especializado em joelho, reforço que a sensação de joelho latejando nunca deve ser negligenciada.

Os dados epidemiológicos brasileiros e internacionais demonstram que esta é uma condição em crescimento exponencial, afetando não apenas a qualidade de vida individual, mas impactando significativamente os sistemas de saúde.

O diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem prevenir a progressão para condições mais graves, preservando a função articular e mantendo a independência funcional dos pacientes. A dor latejante no joelho é um sinal de alerta que merece investigação especializada.

Está enfrentando problemas com joelho latejando? Não permita que a dor comprometa sua qualidade de vida.

Como ortopedista especialista em patologias do joelho em Goiânia, ofereço diagnóstico preciso e tratamento personalizado. Agende sua consulta e recupere sua mobilidade sem dor.

Dr. Ulbiramar Correia

[CRM/GO: 11552 | SBOT: 12166 | RQE: 7240]. Membro titular da SBCJ (sociedade brasileira de cirurgia do joelho), SBRATE (sociedade brasileira de artroscopia e trauma esportivo) e da SBOT(sociedade brasileira de ortopedia e traumatologia).