Assim como qualquer outro problema de saúde, é normal que você queira saber qual tratamento cisto Baker joelho. Será que tem cura? Se sim, é preciso sempre passar por uma cirurgia? A verdade é que existem alguns detalhes para se considerar quando se fala desse assunto.

Algo que sempre deixo claro aos meus pacientes é que o joelho é uma articulação complexa, formado por várias estruturas, logo, é um tanto suscetível a alguns problemas, como é o caso do cisto de Baker.

Independentemente da causa, contar com o acompanhamento de um especialista em Goiânia faz toda a diferença, especialmente para receber o tratamento mais apropriado.

Para você entender em detalhes qual o tratamento para cisto de Baker joelho, preparamos esse conteúdo especial com tudo que você precisa saber!

O que é cisto de Baker no joelho?

Antes de falarmos sobre qual o tratamento para cisto de Baker no joelho, você sabe exatamente o que é essa doença? Um cisto de Baker é caracterizado pelo acúmulo de líquido articular na região posterior do joelho.

Ele pode ser pequeno (incipiente) ou grande, atingindo dimensões de 10 a 12 cm. Contudo, mesmo com esse tamanho, ele mantém-se íntegro.

Explicando de uma maneira mais simples: o cisto de Baker é um caroço que surge na parte de trás do joelho, em decorrência do acúmulo de líquido da articulação.

Por conta disso, o joelho se torna mais rijo e o paciente pode sentir algumas dores, as quais pioram ao esticar a perna.

Existem algumas doenças associadas à formação do cisto de Baker, como:

  • Artrite reumatoide;
  • Artrite infecciosa;
  • Traumas no joelho;
  • Gota;
  • Osteoartrose do joelho.

Quais são os sintomas do cisto de Baker?

Ao saber identificar os sintomas do cisto de Baker, mais rápido é o diagnóstico, e como consequência, as chances de se tratar sem cirurgia são ainda maiores.

Contudo, em alguns casos, em especial em crianças, o cisto tende a ser assintomático, onde a descoberta é feita por acaso.

Mas, quando há sintomas, os principais são:

  • Inchaço na região posterior do joelho e, às vezes, na perna;
  • Rigidez na musculatura próxima ao joelho;
  • Dor intensa ao subir escadas ou ao esticar os joelhos;
  • Sensação de pressão na parte de trás do joelho;
  • Dor ou sensação de incômodo na mesma região do inchaço ou em locais próximos;
  • Saliência incomum na região posterior do joelho;
  • Formigamento na perna.

Esses são os sintomas mais comuns e, sempre que você notar um ou mais deles, é aconselhável marcar uma consulta com um especialista em joelho.

Qual tratamento cisto Baker joelho?

Para saber qual tratamento para cisto de Baker joelho, saiba que se divide em dois: o tratamento conservador e o cirúrgico, que vai depender de acordo com as características do cisto.

No entanto, na grande maioria dos casos, não é preciso fazer qualquer tipo de cirurgia. E médico geralmente recomenda o seguinte tratamento:

  • Uso de compressão, a fim de ajudar a reduzir inchaço no joelho e aliviar a dor ao movimentar a articulação;
  • Remédios anti-inflamatórios e analgésicos;
  • Fisioterapia para fortalecer os músculos do joelho. Dessa forma, evita pressão exagerada sobre a articulação, o que reduz a dor;
  • Compressas geladas na região anterior do joelho, durante 10 a 20 minutos.

Contudo, apenas o ortopedista é capaz de indicar o tratamento ideal. É verdade que, na maioria dos casos, não é preciso cirurgia, porém, em situações mais graves, a cirurgia é considerada.

Cirurgia de cisto de Baker no joelho

Em algumas situações, quando o cisto já está bem avançado, o médico pode indicar a cirurgia para a remoção do cisto.

A cirurgia consiste na técnica artroscópica ou artroplástica, procedimento minimamente invasivo, proporcionando uma recuperação mais rápida e menos dor.

No entanto, ainda que o caso seja grave, nem sempre a cirurgia é necessária. Às vezes, é possível drenar o cisto com uma agulha.

Após a cirurgia, é preciso seguir um programa de reabilitação individual, uma vez que cada caso é diferente, em função da idade, nível de atividade física e patologia associada.

Como confirmar o cisto de Baker?

Faz-se o diagnóstico ao perceber a presença de inchaço na parte de trás do joelho e histórico de outra condição que possa ocasionar o surgimento do cisto.

Ao notar tal saliência, o médico encaminha o paciente para alguns exames, como ultrassonografia do joelho ou ressonância magnética, a fim de confirmar as suspeitas. O raio-X, geralmente, não é capaz de mostrar qualquer alteração que ajude no diagnóstico do cisto de Baker.

Por conta disso, esse exame não é tão preciso, mas ainda assim pode ser solicitado. E isso acontece quando o médico suspeita de outra condição associada ou apenas para avaliar a evolução de outro problema no joelho, como osteoartrite.

Há fatores de risco para o cisto de Baker?

Muito embora o cisto tenha uma grande relação com alguma doença degenerativa já existente, como artrite ou artrose, jovens também podem ser acometidos.

Além das doenças degenerativas, sedentarismo e obesidade são dois problemas que podem incidir no cisto em razão da dificuldade em eliminar o líquido sinovial produzido.

Pessoas com mais idade, acima dos 60 anos, têm maior predisposição a desenvolver o cisto de Baker, em especial porque as doenças degenerativas contribuem para tal lesão.

E, de acordo com alguns estudos, lesões no menisco, sobretudo no menisco medial, também é um fator de risco para o cisto de Baker.

Conclusão

Conhecendo agora qual tratamento cisto de Baker joelho, tenha em mente que como geralmente tem relação com doenças degenerativas, requer um acompanhamento de perto de um médico ortopedista.

Dessa forma, ao diagnosticar precocemente, é possível evitar a cirurgia.

Se você recebeu o diagnóstico de cisto de Baker e ainda tem dúvidas sobre o tratamento, estou à sua disposição para esclarecer qualquer questão!

Ortopedista especialista em joelho [CRM/GO: 11552 | SBOT: 12166 | RQE: 7240]. Membro titular da SBCJ (sociedade brasileira de cirurgia do joelho), SBRATE (sociedade brasileira de artroscopia e trauma esportivo) e da SBOT(sociedade brasileira de ortopedia e traumatologia).