Segundo o Centro de Dor e Neurocirurgia Funcional do Hospital 9 de Julho, de São Paulo, 90% da população sofre por causa de dores e doenças musculoesqueléticas, fato que leva 30% a faltar no trabalho.
Essas dores, geralmente, podem ser sinais de doenças musculoesqueléticas, como tendinite no joelho, bursite, entesopatia, dentre outras.
Como ortopedista especializado em Goiânia, algo que reforço com meus pacientes é que se essas enfermidades não forem tratadas, podem comprometer a qualidade de vida e, em casos crônicos, levar à invalidez.
Embora os números da pesquisa sejam significativos, boa parte da população não sabe como essas patologias se manifestam, nem o que as provocam, ou quais são os tratamentos disponíveis e as maneiras de prevenção.
Foi pensando justamente em esclarecer todas essas dúvidas que preparei esse conteúdo, com as principais doenças musculoesqueléticas que afetam os joelhos. Continue lendo!
Principais Doenças Musculoesqueléticas
As principais doenças musculoesqueléticas que afetam os joelhos são:
Tendinite
Os tendões do joelho são estruturas fibrosas e têm o importante papel de conectar os músculos aos ossos, auxiliando no equilíbrio e na estabilidade da articulação.
Quando o joelho sofre com esforço repetitivo ou sobrecargas, como o excesso de exercícios físicos, por exemplo, o membro fica sujeito a desenvolver algumas doenças, dentre elas a tendinite no joelho.
Essa enfermidade costuma acometer principalmente esportistas de modalidades como atletismo, futebol, basquete, vôlei, salto, mas também pode afetar obesos, idosos, devido ao desgaste progressivo da articulação, dentre outros.
Quando essas situações acontecem, os tendões passam a absorver mais carga do que podem suportar e, consequentemente, com o tempo, vão sofrendo microlesões, resultando em um processo inflamatório.
Assim, quando os tendões estão inflamados e lesionados, realizar movimentos simples, como subir uma escada ou descer do carro, se torna algo doloroso.
Sintomas e tratamentos para tendinite no joelho
O principal sintoma da tendinite no joelho está a dor, que varia de acordo com a fase em que está.
O paciente pode sentir desconforto após realizar algum exercício físico, uma dor mais intensa e bem localizada em um ponto do joelho, podendo haver edema (inchaço).
Para diagnosticar essa doença, o ortopedista especialista em joelho faz exames físicos e testes funcionais para avaliar o nível de dor e a qualidade dos movimentos do joelho.
O mpedico também pode solicitar exames de imagem, como radiografia, ultrassonografia e ressonância magnética.
O tratamento para tendinite visa reduzir a dor e controlar a inflamação. Por isso, o médico pode recomendar repouso, anti-inflamatórios e sessões de fisioterapia.
Bursite no joelho
A bursite no joelho acontece quando existe uma inflamação ou irritação das bursas – bolsas pequenas que contêm um líquido que funciona como uma superfície deslizante para evitar o atrito entre o tendão e o osso, por exemplo.
Normalmente, a bursite no joelho surge devido à pressão excessiva e fricção repetitiva na região articular, falta de alongamento ou fortalecimento muscular, obesidade, artrose, tensão muscular, pancadas fortes no joelho, etc.
Praticantes de jiu-jitsu, futebol, vôlei e corredores têm mais chances de desenvolver essa doença, bem como alguns profissionais também são mais suscetíveis, como jardineiros e encanadores.
Como existem em torno de 11 bursas ao redor do joelho, os sintomas vão variar de acordo com a sua localização.
Porém, os mais frequentes são sensibilidade, limitação funcional, edema (inchaço), vermelhidão e dor, comumente atrás ou abaixo do joelho.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico da bursite no joelho é feito por meio de radiografia associada à ultrassonografia, e o tratamento dependerá da região afetada e da gravidade.
O médico especialista em joelho pode prescrever o uso de antibióticos, analgésicos, anti-inflamatórios, sessões de fisioterapia, aplicação de gelo, etc.
Se a bursite no joelho for grave, o ortopedista pode indicar tratamentos mais agressivos, como aspiração, injeções de corticoide (infiltração) e até cirurgia, que consiste na remoção da bursa.
Entesopatia do joelho
Entesopatia no joelho é uma doença musculoesquelética que pode provocar dor, rigidez articular, dificuldade para mover a articulação, inchaço (edema), coágulos atrás do joelho, etc.
Essa enfermidade tem como característica a união de tendões, ligamentos ou outros membros de uma articulação a um osso.
Dentre os fatores que podem levar ao surgimento de entesopatia no joelho estão: movimentos repetitivos; traumas, como quedas; doenças autoimunes, como artrite reumatoide; e condições genéticas.
Diagnóstico e tratamentos para a entesopatia do joelho
Para diagnosticar entesopatia do joelho, o ortopedista faz exames clínicos. No entanto, quando os sintomas não deixam claro qual é a condição, o médico solicita exames de imagens, como radiografia, ressonância magnética e ultrassonografia.
Anti-inflamatórios, fisioterapia, compressas frias e quentes, massagem, acupuntura, injeções de corticosteróides e dispositivos ortopédicos podem ser utilizados para tratar a entesopatia do joelho.
Porém, somente o ortopedista é capaz de decidir qual é a melhor terapêutica.
Por causar dores nas articulações, a entesopatia do joelho pode ser confundida com outras enfermidades, dentre elas artrite, por isso, é crucial ir ao ortopedista especialista em joelho para um diagnóstico assertivo.
Conclusão
São várias as doenças musculoesqueléticas que podem acometer os joelhos, merecendo destaque para a tendinite, bursite e entesopatia do joelho.
Portanto, se você suspeitar de algumas delas, é fundamental buscar a orientação de um especialista, e com base no diagnóstico, ele irá propor a melhor abordagem terapêutica.
Jamais subestime qualquer tipo de dor no joelho, pois o diagnóstico precoce faz toda a diferença.
Se você mora em Goiânia, agende uma consulta com o Dr. Ulbiramar Correia, ortopedista com ampla experiência em tratamentos de condições musculoesqueléticas do joelho.