A fratura de fêmur é uma das lesões ósseas mais graves, principalmente em idosos, e pode desencadear complicações sérias.

Ao longo da minha prática como ortopedista de lesões de joelho, o cenário em que a fratura de fêmur pode causar parada respiratória é bem definido: trauma de alto impacto ou queda banal em idosos frágeis associada a múltiplos fatores sistêmicos.

Entender quando e por que pode evoluir para parada respiratória é fundamental para atuar rapidamente e evitar consequências fatais, e é exatamente sobre isso que abordarei neste artigo!

Por que a fratura de fêmur é perigosa?

O fêmur é o maior osso do corpo e sua fratura provoca dor intensa, incapacidade de andar e alto risco de sangramento interno.

Idosos e pessoas com ossos frágeis, como em casos de osteoporose, estão mais suscetíveis, e as mulheres são três vezes mais afetadas que homens, sobretudo após quedas da própria altura.

Complicações graves após a fratura

Imobilização prolongada pode gerar trombose, embolia pulmonar e infecções.

O risco de embolia pulmonar — entupimento dos vasos do pulmão — aumenta com o tempo acamado, podendo causar falta de ar intensa e, em situações extremas, parada respiratória.

Outras complicações incluem infecções, insuficiência cardíaca e necrose óssea.

Como a fratura de fêmur pode causar parada respiratória?

O principal risco está na formação de coágulos sanguíneos durante o período de imobilização, os quais podem migrar para os pulmões, resultando em embolia pulmonar — uma das causas mais comuns de parada respiratória após fraturas graves.

Além disso, sangramento intenso pode levar a choque circulatório e, indiretamente, comprometer a respiração.

Sinais e sintomas de complicações

Entre os principais sinais de alerta, destaco:

  • Falta de ar.
  • Dor torácica.
  • Sudorese.
  • Agitação.
  • Alteração do nível de consciência.
  • Dor persistente na perna.
  • Encurtamento do membro.
  • Incapacidade de caminhar.

Algo que reforço sempre com meus pacientes: atenção máxima deve ser dada a qualquer piora do quadro respiratório após o trauma.

O que fazer diante da suspeita?

Algumas orientações são fundamentais em caso de suspeita de fratura de fêmur:

  • Imobilize a perna e acione atendimento médico urgente.
  • Não tente movimentar a vítima.

A avaliação médica rápida e o início do tratamento — geralmente cirúrgico — são essenciais para reduzir o risco de complicações graves, como parada respiratória e infecções.

Prevenção e recuperação

A prevenção é o melhor caminho:

  1. Mantenha ambientes seguros.
  2. Evite tapetes escorregadios.
  3. Use calçados antiderrapantes.
  4. Invista em saúde óssea.

Para quem já teve uma fratura, seguir orientações médicas, usar anticoagulantes quando prescritos e iniciar mobilização precoce são estratégias fundamentais para reduzir riscos.

Conclusão

A fratura de fêmur pode causar parada respiratória porque desencadeia cascatas mecânicas (embolia gordurosa, tromboembolismo) e metabólicas (choque, sepse) que colapsam a função pulmonar.

O reconhecimento precoce desses mecanismos, aliado aos protocolos de cuidados intensivos, reduz drasticamente o risco de parada respiratória.

FAQs

Fratura de fêmur pode levar à morte?

Sim, especialmente em idosos. Complicações como trombose, embolia pulmonar, infecções e insuficiência cardíaca aumentam o risco de mortalidade.

Por que a embolia pulmonar é perigosa após fratura?

Porque um coágulo pode bloquear vasos do pulmão, causar falta de ar grave e evoluir para parada respiratória.

Como identificar sinais de parada respiratória?

Dificuldade para respirar, lábios arroxeados, confusão mental e perda de consciência são sinais de alerta. Procure ajuda imediatamente.

O que aumenta o risco de complicações em fraturas?

Idade avançada, imobilização prolongada, doenças pré-existentes e não seguir as orientações médicas aumentam as chances de problemas graves.

Fratura de fêmur sempre exige cirurgia?

Na maioria dos casos, sim. O procedimento acelera a recuperação, reduz riscos de trombose e permite mobilização precoce.

Dr. Ulbiramar Correia
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[CRM/GO: 11552 | SBOT: 12166 | RQE: 7240]. Membro titular da SBCJ (sociedade brasileira de cirurgia do joelho), SBRATE (sociedade brasileira de artroscopia e trauma esportivo) e da SBOT(sociedade brasileira de ortopedia e traumatologia).